Acabar com a extrema pobreza tem um custo que pode ser quantificado. O Ceará precisa investir R$ 167,18 milhões ao ano em transferência de renda para que os 633 mil cearenses com renda per capita mensal inferior a 1/8 salário mínimo saiam desse patamar de pobreza.
No Nordeste, região com cinco milhões de extremamente pobres, esse montante seria de R$ 1,55 bilhão ao ano. Já para os nove milhões de brasileiros nessa faixa de renda, são necessários R$ 3,26 bilhões anuais.
Os dados são de estudo apresentado pelo economista Flávio Ataliba, do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), vinculado à Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen/UFC).
Divulgado ontem durante o VI Congresso Estadual dos Fazendários do Ceará, o trabalho leva em conta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2008.
"Se você quer reduzir a extrema pobreza, é muito mais importante redução da desigualdade do que aumento da renda média da população", avaliou o economista.
Diário do Nordeste
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