sábado, 31 de julho de 2010

Verba mantém programa por mais uma semana


Iguatu. O Exército aguarda a liberação de verba do Ministério da Integração Nacional para continuidade, nos meses de agosto e setembro, da Operação Pipa, que distribui água para comunidades no semiárido nordestino e que enfrentam desabastecimento por causa da seca. Até o fim da próxima semana, os recursos ainda asseguram a manutenção do programa, que assiste a 77 municípios no Ceará, com 550 mil atendimentos.

De acordo com o coronel Luiz José Silveira Benício, chefe do escritório da 10ª Região Militar da Operação Pipa, o último recurso recebido refere-se ao mês de julho, que termina hoje. Entretanto, sobras de verbas darão para manter o programa por mais uma semana. "Temos um pouco de fôlego para uns seis dias, mas não passa disso", alertou o militar. "Já solicitamos verba para os meses de agosto e setembro e estamos aguardando a liberação".

A verba é liberada pelo Ministério da Integração Nacional, após solicitação do Comando de Operações Terrestres. Na 10ª Região Militar, que compreende os Estados do Ceará, Piauí e Tocantins, a Operação Pipa necessita mensalmente de cerca de R$ 20 milhões. Para os meses de agosto e setembro foram solicitados R$ 16,5 milhões a fim de manter o abastecimento emergencial. "Esperamos que o programa continue regularmente, sem sofrer paralisação", frisou o coronel Benício. Caso a verba não seja repassada na próxima semana, haverá redução do número de atendimento. No Ministério do Integração estão autorizados mais 60 novos atendimentos para o semiárido. A tendência atual é do aumento da necessidade de água porque, neste período, dificilmente haverá chuva no sertão e os pequenos reservatórios começam a secar.

O número de municípios incluídos na Operação Pipa revela essa realidade. No Ceará, o programa começou com 50 cidades, passou para 55, chegou a 63 e há um mês eram atendidas 73. Até ontem eram 77, nas regiões Sertão Central, Centro-Sul, Inhamuns, Cariri e Litoral Leste. No segundo semestre, no período de agosto a dezembro, não há praticamente precipitação no sertão cearense e, até a próxima quadra chuvosa, muitas comunidades rurais vão depender do abastecimento de água por meio de carro-pipa.

Onório Barbosa-DN

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