terça-feira, 16 de novembro de 2010

Casa Civil prorroga por mais 20 dias investigação do caso Erenice

A Casa Civil da Presidência da República prorrogou por mais 20 dias a sindicância instaurada em setembro para investigar suposta prática de influência na Casa Civil, com envolvimento da ex-ministra Erenice Guerra.

Ex-braço direito da presidente eleita Dilma Rousseff, Erenice a sucedeu na chefia da Casa Civil em março deste ano.

A Casa Civil informou que a prorrogação foi um pedido da própria comissão de sindicância.
O motivo apresentado, segundo o órgão, foi a necessidade de mais tempo para analisar as informações levantadas durante o trabalho de investigação.
A princípio, portanto, não está prevista a tomada de novos depoimentos pela comissão.

A comissão, formada por três servidores de carreira, foi instaurada em 17 de setembro após a revista "Veja" revelar que o filho da ministra, Israel Guerra, integrava um esquema de lobby com o objetivo de intermediar contratos e benefícios com o governo federal.

Para o serviço, afirmou a revista, a empresa de Israel e de dois outros assessores da Casa Civil cobrava uma "taxa de sucesso". Depois, a Folha revelou que um empresário também havia negociado com a empresa do filho de Erenice.

A prática teria começado no ano passado, ainda com Dilma no cargo, mas supostamente sem o conhecimento da então ministra.
Na época, Erenice era secretária-executiva do órgão. Ela e os assessores envolvidos no caso pediram exoneração após a publicação das denúncias na imprensa.

O prazo inicial da sindicância era de 30 dias. Acabou sendo prorrogada pelo mesmo período, impedindo que o resultado e o teor das investigações internas fosse conhecido antes da realização do segundo turno das eleições presidenciais.

Hoje, a sindicância foi novamente prorrogada. O decreto estabelece, a partir de hoje, o prazo de 20 dias para a conclusão dos trabalhos da comissão.

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