segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MPF denuncia funcionário dos Correios por desvio de mais de R$ 570 mil

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou Antônio Vieira Dória, funcionário de uma agência dos Correios no Rio de Janeiro, por desviar mais de R$570 mil reais dos cofres da agência.

Entre julho de 2006 e novembro de 2007, o funcionário emitiu notas fiscais falsas e desviou pagamentos de serviços de postagens em seu favor. A denúncia do procurador da República Luiz Fernando Voss Chagas Lessa pode render a Dória prisão e multa pelos crimes de falsidade ideológica e peculato.

Dória é funcionário de uma agência dos Correios no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele era responsável por abrir a loja e possuía a senha de diversos outros funcionários da agência, com as quais iniciava as operações diárias do estabelecimento. Fazendo uso dessas informações sigilosas e com a ajuda de um agenciador de postagens, ele emitiu mais de R$480 mil em notas fiscais falsas entre janeiro e novembro de 2007, pelo menos onze vezes.

O agenciador trazia as encomendas já com selo, Dória emitia uma nota fiscal com valor muito superior ao real e em seguida a cancelava, para que não fosse debitado dos Correios. No entanto, essa nota fiscal falsa era entregue ao destinatário, que pagava bem mais que o devido pelo serviço.

Entre julho de 2006 e agosto de 2007, outra fraude do funcionário foi surpreendida 59 vezes. Dória fraudava os pagamentos de clientes que recebiam o serviço do Sedex. Após o recebimento do dinheiro, o funcionário diminuía o peso da correspondência, o que diminuiria o seu valor também. A diferença era embolsada por Dória e, como não era declarado o peso real da encomenda, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo, a quem deveria se destinar o pagamento, recebia menos do que o devido. Essa fraude rendeu mais de R$ 90 mil a Dória.

"A manobra fraudulenta foi feita com tal cautela e discrição que os órgãos de controle da EBCT só a detectaram após um ano. É incrível que apenas um empregado tenha a capacidade de causar um dano tão grande", diz o procurador Luiz Fernando Voss Chagas Lessa.

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