sábado, 10 de março de 2012

Ceará é o maior criador de peixes em cativeiro do País

Os açudes do Ceará estão cheinhos de peixes. Enquanto são reabastecidos com as chuvas da estação, os reservatórios recebem milhões de filhotes de tilápia, um peixe muito bem conhecido pelo cearense. O trabalho já realizado há algumas décadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) ganhou impulso com a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará (SPA), que está depositando, por semana, cerca de 200 mil alevinos de tilápia nos principais açudes, federais, estaduais e de pequenos assentamentos, são depositados aproximadamente 16 milhões de alevinos das mais variadas espécies de peixe por ano, tornando o Ceará o maior criador em cativeiro de todo o País.

O projeto da SPA tem investimento de aproximadamente R$ 500 mil e dá impulso à geração de emprego e renda no setor pesqueiro no sertão. O Açude Palhano e outros reservatórios do Município homônimo receberam 51 mil alevinos da espécie Tilápia do Nilo. Assim, os aquários improvisados em sacos plásticos com água e peixe foram distribuídos aos agricultores e pescadores das comunidades no entorno das lagos da Pedra, da Barbada, do Curral, da Luzilândia, do Cajueiro, do Estêvão, da Pedra Branca, da Jurema e do Feijão. O objetivo final é mesmo a pesca e a comida na mesa do sertanejo.

O peixe que vai para a mesa também vai para o balcão de vendas, de onde se pode ter dinheiro para comprar outros alimentos. O que se espera é que quando o defeso (período da reprodução) passar, o mar de água dos açudes esteja para muito peixe. A distribuição de alevinos é realizada pela Secretaria da Pesca e Aquicultura do Ceará (SPA), com apoio das prefeituras municipais.

A principal espécie reproduzida é a Tilápia do Nilo, por ser uma das mais comerciais e a mais requisitada. E nem só isso. Em Municípios como Jaguaribara, a produção de tilápia vai para além da cozinha. Do couro desse peixe são feitas bolsas, cintos, chapéus, sapatos e vários outros objetos. As próprias mulheres filhas de pescadores fazem o trabalho, com assistência técnica de órgãos como o Sebrae

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