Após três horas de reunião a portas fechadas, a bancada do PMDB da
Câmara dos Deputados anunciou que atuará nas votações de forma
independente ao governo e divulgou uma nota "exortando" a Executiva
nacional do partido a debater a crise política e "reavaliar a qualidade
da aliança com o PT".
Na reunião, recheada de críticas à atuação
do vice-presidente da República, Michel Temer, os peemedebistas
concordaram que votarão pela convocação do ministro da Saúde, Arthur
Chioro, nas comissões onde há requerimento e que apoiarão a aprovação de
um convite para que a presidente da Petrobras, Graça Foster, venha à
Casa explicar as denúncias de pagamento de propina à funcionários da
estatal.
Na nota, os deputados da bancada manifestaram apoio ao
líder Eduardo Cunha (RJ) e ressaltaram que ele continua sendo o único
interlocutor da bancada perante outras esferas. "Se ela (Dilma) quiser
ouvir a bancada da Câmara, terá de falar com a bancada da Câmara",
avisou Cunha.
Os peemedebistas também reafirmaram a intenção de
não indicar nomes para a reforma ministerial e ainda agradeceram a
posição do PMDB do Senado em não indicar os senadores Vital do Rêgo (PB)
e Eunício Oliveira (CE) para os ministérios. "O Senado se recusou a
indicar", comemorou Cunha.
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