Os açudes no Ceará estão secando. A cada semana as reservas de água baixam por causa do consumo crescente e da evaporação. A seca que castiga o Estado desde 2012 está mais intensa e o risco de um colapso no abastecimento é iminente. Nesta semana, a Bacia Hidrográfica do Baixo Jaguaribe zerou e outras duas, Curu e Sertões de Crateús acumulam menos de 2% de suas capacidades.
Os números demonstram uma certeza: se não houver chuvas fortes, enxurradas na próxima quadra chuvosa (fevereiro a maio) suficientes para ocorrer recarga dos reservatórios, a situação, que é crítica, vai se agravar ainda mais. O próprio governador do Estado já começa a falar em colapso hídrico na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e em cidades do Interior cearense.
Se haverá chuvas intensas ou não em 2017 é uma dúvida, mas outra certeza que temos é que as águas tão esperadas do Rio São Francisco não chegarão para socorrer grande parte do Ceará no primeiro semestre do próximo ano. O Eixo Norte permanece paralisado desde junho passado e não há data definida para a retomada da obra, que é necessária para a transferência de água para os Estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em média, os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) acumulam apenas 7,7% de seu volume total. O monitoramento da Cogerh mostra que são 132 reservatórios com volume inferior a 30%. Na categoria de seco já são 38 e em volume morto, 42. Esse é o pior quadro desde quando a Companhia começou a fazer monitoramento das bacias hidrográficas, em meados da década de 1990.
Nenhum comentário:
Postar um comentário