sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Professores da UFC entram em greve em protesto à PEC 55

Em assembleia geral extraórdinária realizada no Campus do Pici, nesta sexta-feira (18), professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) deflagraram greve por tempo determinado. Com 211 votos "sim" e 190 "não", os docentes garantiram a paralisação até o próximo dia 13 de dezembro, quando a PEC 55/241 será votada em segundo turno no Senado Federal. 

O texto da Proposta de Emenda Constitucional, estopim do movimento grevista, quer congelar os investimentos do País, inclusive na área da educação, pelos próximos 20 exercícios fiscais. 

Apesar de o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc) ter o prazo de 72h para comunicar a reitoria da UFC, a greve teve início imediato. 

O estatuto da Adufc prevê a greve por tempo determinado. Diferente do movimento com período indeterminado, a decisão não depende de um plebiscito para se concretizar. Os professores formam o terceiro grupo da Universidade a parar as atividades. 

No último dia 3 de novembro, os estudantes declararam paralisação após assembleia que reuniu cerca de 2000 discentes, na Concha Acústica da Federal. Os servidores técnico-administrativos da instituição de ensino também se encontram em greve. 

A decisão ocorre após o plebiscito dos dias 31 de outubro e 1° de novembro, que disse não à greve por tempo inderteminado nas Universidades Federais do Ceará (UFC, UFCA e Unilab). Na ocasião, 913 votaram contra o movimento e 666 a favor. Um dos motivos que pode ter impulsionado a negativa dos professores é a decisão do STF que permite que servidores públicos em greve possam ter salários cortados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário