A mãe da menina Letícia, que morreu neste fim de semana por insuficiência respiratória no interior do Ceará, denuncia três hospitais por suposta negligência.
Em Barbalha, a criança foi atendida com afundamento no crânio. Segundo a
família, o hospital realizou procedimentos sem comunicar os pais. "A
paciente saiu daqui andando, sem nenhuma queixa. Não tem como
diagoniscticar qualquer outra patologia detectada na época por
responsabilidade do perfuramento no esôfago", diz o administrador do
Hospital Santo Antônio, Egberto dos Santos.
Após apresentar dificuldade respiratória, Letícia, de seis anos, foi encaminhada a um segundo hospital, também em Barbalha. No Hospital São Vicente, referência no atendimento pediátrico, foi diagnosticada insuficiência respiratória aguda.
Segundo médicos do hospital, ela precisava passar por uma cirurgia que seria feita em Fortaleza.
A menina foi então encaminhada a um hospital da cidade do Crato, que
teria a responsabilidade de transferir a criança para a capital
cearense.
A Secretaria de Saúde do Crato
contratou a empresa que faria o transporte da criança em UTI móvel, mas
ela faleceu na manhã de sexta-feira (4), na cidade do Crato.
"Se ela foi transferida de um hospital para outro igualmente equipado e
não saiu de uma UTI para uma enfermaria que tivesse os equipamentos
necessários. São serviços análogos. Ela foi transferida para o Crato,
cidade de sua transferência. Acredito que a demora para transferir para
Fortaleza tenha agravado o quadro da paciente", diz o assessor jurídico
do Hospital São Vicente, Amílcar Leite.
Segundo a Secretaria de Saúde do Crato, a demora ocorreu porque o
Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, só iria disponibilizar leito para
Letícia em 3 de janeiro. A Secretaria de Saúde do Ceará diz que não que
não havia hospitais que disponibilizassem leitos.