Cada vez mais cearenses estão fazendo
avaliações de conhecimento para antecipar a conclusão do ensino médio. O
intuito é entrar o mais cedo possível na universidade. Jovens de 15 ou
16 anos têm que demonstrar que estão aptos para isso. Primeiro, sendo
aprovados no Enem; e, por último, passando nas provas internas da
própria escola. Acontece que nem sempre os colégios “facilitam” esse
processo. Foi o caso do estudante Henrique Matias, de 16 anos de idade.
O
cearense de Aracati, Henrique Sampaio, foi aplaudido pelos professore
depois de ter terminado as 14 provas em apenas 3h30 na manhã desta
terça-feira (22), no Instituto São José.
Após ter sido aprovado pela segunda vez
seguida no Enem, ele recebeu autorização do Conselho Estadual de
Educação(CEE) para fazer o exame na escola, que, por sua vez, se negou a
realizar os testes. A direção doInstituto São José, localizado no
município deAracati, a 148 Km de Fortaleza, só autorizou a realização da
avaliação nesta terça-feira (22), último dia de inscrição nas
universidades, após ligação do presidente do CEE, professor Edgar
Linhares e reportagem publicada nesta segunda-feira (21) na Redação
Web do Diário do Nordeste. A pauta foi sugerida pela própria mãe.
Maratona para se matricular na faculdade
O cearense teve que fazer 14 provas no
mesmo dia para obter o certificado de ensino médio da escola de Aracati.
O resultado foi surpreendente. Ele conseguiu terminar todos os testes
em apenas 3h30. Ficou em sala de aula das 7h às 10h30 da manhã. “Tirei
10 na maioria das provas, 9 em algumas e 8 em duas. Não estava difícil.
Só foi muito cansativo”, disse o estudante, que escolheu o curso de
Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido do Rio
Grande do Norte (Ufersa), em Mossoró.
De acordo com a mãe dele, foi bastante
desumano o fato de ser obrigado a fazer 14 provas. “Nós fomos avisados
só no fim do dia anterior. Professores foram chamados às pressas para
elaborarem as questões.
Meu filho nem conseguiu dormir direito, ansioso, mas ele foi tão herói, que, depois de ter terminado, os professores o
aplaudiram”, disse Alessandra. “Vamos pegar o certificado e levar agora
mesmo para a universidade lá em Mossoró”, conta ela, antes de pegar a
estrada rumo ao Estado vizinho ainda no fim da manhã desta terça-feira
(22).