Durante a semana que passou, inclusive na última sexta-feira
(17), foram realizadas atividades em comemoração ao Dia Nacional da Luta
Antimanicomial, registrado no dia 18 de maio. Para alertar a população, a Secretaria
Municipal de Saúde, através da Rede de Saúde Mental, promoveu eventos de conscientização
e reflexão sobre a importância da luta.
Como informação, no dia 18 de maio de 1987, durante o Congresso
Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental, na cidade de Bauru (SP), foi
decretado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial – Por uma Sociedade sem
Manicômio. Desde então, a sociedade civil, especialmente os trabalhadores,
familiares e usuários dos serviços de saúde mental lutam pela transformação da
relação entre loucura e sociedade.
O objetivo da luta, de acordo Dr. João Batista, psicólogo da
coordenação de saúde mental, é que as pessoas com sofrimento psíquico tenham
uma vida digna, livre e independente, e que tenham seus direitos de cidadãos
assegurados, bem como a constituição de serviços de saúde mental que ofereçam
um tratamento pautado no respeito e na possibilidade de atuação no espaço
social.
A Dr. Liduína, psicóloga do CAPS AD, lembra que a luta vem
sendo realizada para conscientizar as autoridades bem como a população em geral
do que precisa ser feito para tratar o paciente que sofre de distúrbio mental
de maneira humanizada.
Segundo a coordenadora dos CAPS, enfermeira Rejane, o apoio
que a Prefeitura tem dado, proporcionado um tratamento diferenciado aos
pacientes, buscando com isso oferecer uma melhor qualidade de vida para todos.
O começo
Na sua origem, o movimento de luta antimanicomial está
ligado à Reforma Sanitária Brasileira, da qual resultou a criação do Sistema
Único de Saúde (SUS). Está ligado também à experiência de
desinstitucionalização da psiquiatria desenvolvida na Itália, nos anos 1960.
Como processo decorrente deste movimento, temos a Reforma
Psiquiátrica, definida pela Lei 10.216/2001 (Lei Paulo Delgado). Como diretriz
de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, é transferido o foco do
tratamento, que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de
Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e
abertos.