A moradora de 
Arraial do Cabo,
 Região dos Lagos do Rio, Elisangela Borborema Rosa, de 28 anos, foi 
atingida por um arpão na última segunda-feira (6). Segundo a família, 
ela estava na cozinha de sua casa quando foi atingida pelo arpão de caça
 submarina, que estava sendo manuseado pelo marido na sala. O 
equipamento entrou pela mandíbula de Elisangela e a ponta ficou alojada 
na coluna cervical.
 
 Ela foi levada para o hospital de Arraial do Cabo e logo em seguida, 
transferida para o Hospital Regional de Araruama. Lá Elisangela foi 
atendida por uma equipe que incluiu especialistas em neurocirurgia, 
cirurgia vascular, geral, plástica e bucomaxilofacial.
 Segundo o hospital, menos de 24 horas após a cirurgia, Elisangela passa
 bem e a expectativa é que ela fique sem nenhuma sequela. "Esse é o 
primeiro caso desse tipo que atendo aqui no hospital. A peculiaridade do
 acidente é que a ponta do arpão penetrou a região entre o canal 
anterior vertebral e o canal da medula. 
Caso o objeto atingisse apenas 
um centímetro para dentro, a paciente ficaria tetraplégica; se atingisse
 um centímetro para fora, alcançaria uma artéria que irriga o cérebro, 
levando-a ao óbito",  explicou Allan da Costa, neurocirurgião que operou
 Elisangela.
 De acordo com o médico, somente nas próximas 48 horas será possível avaliar se a
 paciente ficará ou não com alguma sequela. "Ela está movimentando os 
dois lados, mas com pouca força no lado direito. Precisamos esperar a 
suspensão da sedação e retirar a traqueostomia para fazer uma avaliação 
completa. Se tudo der certo, ela terá alta em uma
 semana", completou o médico.