Os bancários prometem começar uma greve nacional nesta quinta-feira
(19), de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf), da CUT, seguindo decisões de assembleias
ocorridas no dia 12 deste mês.
Nesta quarta, os trabalhadores decidiram, em assembleias, como
organizar a greve de quinta-feira. Segundo a Contraf, cada sindicato tem
autonomia para denifir como faz a greve, mas o objetivo é parar o maior
número de agências possível. Um balanço da gerev deve ser divulgado no
fim da tarde de quinta, diz a entidade.
A paralisação pede maior reajuste salarial, melhores condições de
trabalho, aumento do piso, entre outros. De acordo com a confederação, a
proposta dos bancos "é inaceitável diante dos seus lucros gigantescos",
diz a Contraf.
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além
da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários
mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas
e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre
salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição,
cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90%
do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que
significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado),
além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido
linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.