O Ministério da Saúde anuncia nesta terça-feira (14), em Brasília, a
inclusão de duas novas vacinas no calendário oficial, para crianças com
até 5 anos de idade.
As duas novas doses são a pentavalente (contra difteria, tétano,
coqueluche, meningite e outras doenças bacterianas, e hepatite B) – que
até então era oferecida em duas vacinas separadas – e a inativada contra
poliomielite, que não conterá mais o vírus "vivo" e passará a ser
aplicada também por meio de injeção, não apenas por gotinhas.
Uma campanha nacional será realizada em todo o país entre os dias 18 e
24. O dia de maior mobilização, chamado "Dia D", ocorre neste sábado
(18).
Uma das vantagens da vacina injetável contra a pólio é que ela acaba
com o risco de uma paralisia infantil causada como consequência da dose
oral. Esse efeito colateral, porém, é raro, de um caso em quatro
milhões.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) vem sendo usada
em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem
aplicando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial
da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo.
O vírus da paralisia infantil ainda circula em 25 países. O Brasil
vai usar simultaneamente as duas vacinas (oral e injetável),
aproveitando as vantagens de cada uma para manter o país livre da
poliomielite. A VIP injetável será aplicada aos 2 e aos 4 meses de
idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos 6 e aos 15 meses de
idade.