Em decisão de primeira instância, o ex-presidente do Vasco Eurico
Miranda foi condenado a pagar mais de R$ 1,3 milhão ao clube de São
Januário. O processo em que o ex-dirigente é réu e o Cruz-maltino,
autor, se refere à prisão de Edmundo em 2001. Na época, três
desembargadores, que condenaram o Animal à prisão em regime semi-aberto,
se sentiram ofendidos com as declarações do então mandatário vascaíno e
processaram o clube e o dirigente. Em 2009, após ter penhorada cotas de
TV, o Vasco pagou R$ 1.363.468,47 de indenização aos membros do
judiciário.
A decisão é da última terça-feira, da juíza Isabella Pessanha Chagas,
na 24a vara cível. A advogada de Eurico Miranda, Gracilia Portela, disse
que ela e o atual presidente do Conselho Deliberativo do Vasco ainda
não receberam a notificação da decisão em primeira instância, mas
"obviamente" vai recorrer na Justiça.
- Assim que abrir o prazo, vamos recorrer dessa sentença. Se for
preciso, vamos até o Supremo Tribunal Federal contra esse pedido de
regresso do Vasco - disse a advogada do ex-presidente do Vasco.
A defesa de Eurico sustenta que o ex-dirigente quando fez menção à
incompetência dos desembargadores encarnava o personagem que criou no
âmbito esportivo, que é completamente diferente da pessoa Eurico
Miranda. A advogada também defende que há prescrição na contestação das
contas do clube, que foram aprovadas com o pagamento do Vasco aos
desembargadores.