Os presos Paulo Ricardo Martins e Felipe dos Santos Lima, acusados de
matar o boliviano Brayan Capcha, 5, foram assassinados na tarde desta
sexta-feira no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André, na
Grande São Paulo.
Segundo funcionários do sistema prisional, ambos foram envenenados
com o coquetel da morte. Trata-se de uma mistura de cocaína, viagra,
água e até creolina.
Agentes penitenciários disseram que os presos estavam no pátio quando
foram envenenados, por volta das 14h30. Eles chegaram a ser
encaminhados para a enfermaria, mas não resistiram.
Esse método foi criado em meados da década passada por membros da
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar seus
inimigos. Somente na penitenciária de Iaras (a 285 km de São Paulo),
foram mortos dez presos dessa maneira.
Com esse coquetel, a causa da morte é identificada como overdose e,
dessa forma, é difícil chegar à autoria do homicídio. O CDP de Santo
André é dominado por integrantes do PCC.
Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou
as mortes e informou que vai apurar as circunstâncias em que elas
ocorreram.