domingo, 8 de agosto de 2010

Policiais civis são acusados de praticar sequestro e extorsão

Três policiais civis são acusados de praticar extorsão e sequestro, em sítio localizado no município de Horizonte (Região Metropolitana de Fortaleza). Segundo a Polícia, na tarde desta sexta-feira, 6, os acusados chegaram à casa de um cabo da Polícia Militar em uma viatura do 6º Distrito Policial, informando que estavam fazendo uma diligência em busca de drogas. Segundo as vítimas, os policiais torturaram cerca de seis pessoas que estavam no local. Depois, os policiais saíram levando o caseiro da casa, um sobrinho e a filha do cabo, que está grávida.

Segundo a filha do PM, os policiais informaram que eles só seriam liberados após o pagamento de R$ 50 mil. “O caseiro e o filho dele (do cabo da PM) foram torturados. Com saco na cabeça, um deles chegou a desmaiar”, informou a filha do cabo, vítima da ação, em entrevista à TV Diário.

Ainda segundo ela, após as vítimas informarem que não dispunham da quantia de R$ 50 mil, os policiais aceitaram receber R$ 10 mil de pagamento. Outros R$ 5 mil seriam pagos neste sábado, 7. “Ele ficou com meu telefone pra eu poder passar os R$ 5 mil para ele”, disse a filha do PM.

De acordo com os depoimentos apurados na Delegacia Metropolitana de Maracanaú, o dinheiro seria entregue nas proximidades da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa). Lá, os policiais, ainda na viatura, receberam o dinheiro e foram seguidos pelo cabo da PM até o 6ºDP. De acordo com o major Ricardo Moura, superintendente do Policiamento da Capital, o pai perguntou pelo paradeiro de sua filha. “Temos a placa do veículo, um Corolla, e já identificamos o endereço. Estamos acompanhando, não pelo fato de ser um policial, poderia ser qualquer cidadão.

As investigações preliminares apontam que a extorsão pode ter sido motivada pelo fato de que o namorado da adolescente grávida teria envolvimento com o tráfico de drogas. “Não importa se é um bandido ou um cidadão, o que importa é a ação delituosa que os policiais tomaram. Se tivesse algum flagrante, que fizessem o procedimento correto, dentro da legalidade”, disse o major.

O caso já está sendo investigado pela Superintendência da Polícia Civil. De acordo com o superintendente Luiz Carlos Dantas, o inquérito já foi aberto. “O nosso desejo é prendê-los em flagrante ou pedir a prisão preventiva deles, para que possamos indiciá-los em processos administrativos, para que sejam então expulsos da Polícia”, declarou Dantas à TV Diário.

TV Diário

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