terça-feira, 12 de outubro de 2010

50% das cidades estão com risco alto de dengue

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O quadro de Risco Dengue incluindo os 184 municípios do Ceará, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado(Sesa) classifica 46,7% das cidades com risco Alto e Muito Alto de transmissão da doença para 2011. Considerando a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas para o ano de 2009, que era de 8.547.809 habitantes, desse total 65,7% estão localizadas nas cidades onde o risco de se contrair a doença é elevado.

A população que está mais exposta está distribuída em 86 localidades do Estado, das quais 45 possuem o risco Muito Alto, ou seja, onde moram 50,5% dos cidadãos cearenses, o que representa mais de 4,3 milhões de habitantes. As outras 41 cidades, foram classificadas com risco Alto, e nelas residem 15,2% da população, ou seja, 1.2 milhão pessoas.

Quanto aos demais municípios, o quadro da Sesa os classifica 57 com risco baixo, totalizando aproximadamente 1,2 milhão de moradores. Já o restante, as 41 cidades, o risco moderado. Nessas localidades estão 1,6 milhão de habitantes. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, essa classificação reflete a maior vulnerabilidade de circulação da dengue em cada região no fim de 2010 e início de 2011.

O coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, explicou que, diante deste quadro, será mais fácil direcionar as políticas para controle tanto da doença quanto do mosquito. "Não podemos erradicar com o Aedes aegypti, pois ele já faz parte da nossa ecologia. Mas ações como as de capacitação da rede de saúde e assistência aos municípios podem ser feitas".

Quanto aos altos índices da doença, que hoje já somam-se 9.440 casos confirmados somente de dengue clássico, Fonseca os atribuiu a volta do tipo 1 da doença, como também ao período de poucas chuvas. "Nessas épocas é de costume o abastecimento de água com carros pipas; a população também costuma acumular água em potes, o que favorece a surgimento da larva", explicou.

Além disso, o médico informou que, justamente pelo período de escassez de água, é que os focos do mosquito estão dentro das residências. "A população tem que ter consciência do seu papel no combate a proliferação do Aedes. Do que adianta ações educativas se a população não faz o dever de casa?", indagou.

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