domingo, 10 de outubro de 2010

Índice de mortalidade materna no CE é ´muito alto´, diz OMS

Com um índice de 69 óbitos por cada 100 mil nascidos vivos, o Ceará está entre os estados do País com maior índice de mortalidade materna. Segundo o Ministério da Saúde (MS), esse número é considerado alto, já a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica esse índice como "muito alto". Para se ter uma ideia, a maioria das mortes é evitável, pois, conforme os especialistas, um pré-natal bem feito e uma comunicação eficaz entre a atenção primária e a maternidade já representariam grandes avanços.

É o que afirma a integrante do Comitê de Mortalidade Materna da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), Liduína Pinto. "Grande parte dos óbitos é de causas evitáveis, situações que poderiam ter sido diagnosticadas por meio de um pré-natal bem feito". Segundo ela, a Meac realiza de 400 a 450 partos mensalmente e, até o mês passado, a instituição só teve o registro de seis óbitos.

As doenças hipertensivas, as hemorragias, as infecções e os abortamentos, nessa ordem, são os principais motivos das mortes. Um dos fatores que favorecem o crescimento dessa taxa no Estado deve-se à gravidez na adolescência. Até o último dia 31 de agosto, o Ceará possuía 14.353 mil gestantes de dez a 19 anos de idade. Esses números estão em queda desde 2008, quando foram registradas 28.648 gestantes em igual faixa etária e, em 2009, 27.582.

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