quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

32 pacientes foram infectados este ano pela superbácteria no Ceará

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou, entre janeiro e novembro deste ano, 32 casos de pacientes infectados pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) no Ceará. De acordo com a Sesa, não houve registro de mortes por conta da superbactéria. Os pacientes foram tratados e já receberam alta.

O coordenador de promoção e proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, explica que foi colhido material biológico de 32 pacientes. Todos os exames tiveram resultado positivo. De acordo com Fonseca, no período de um ano foram registrados em média dois casos de pacientes infectados por hospital.

"Isso não caracteriza surto porque não há concentração temporal nem espacial", detalha. No total, segundo ele, a superbactéria foi encontrada em 17 hospitais, dez particulares e sete públicos. A Sesa não divulga o nome dos hospitais onde os casos foram confirmados.

Conforme O POVO adiantou na edição de 23 de outubro, em todo o Estado eram 150 casos suspeitos de infecção pela superbactéria. Fonseca explica que apenas a partir de agosto a Anvisa tornou obrigatória o recolhimento de material biológico de pacientes suspeitos. Por conta disso, somente a partir dessa data foi recolhido material. "Os outros pacientes foram tratados como se fosse a bactéria e também já tiveram alta", detalha.

Manoel Fonseca lembra que não houve notificação recente de casos, resultado, segundo avalia, da incorporação das medidas adotadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como o uso de álcool em gel próximo aos leitos. "Outra medida é verificar se todo cateter intravenoso tem presença de bactéria após o uso", acrescenta.

A chefe da divisão de microbiologia do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Iracema Patrício, explica que o Lacen realiza triagem dos casos antes de enviar para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, onde os casos são diagnosticados.

"O Ministério da Saúde está capacitando técnicos. No próximo ano, a tipagem (das bactérias) vai ser feita aqui", adianta. Segundo ela, os exames continuam em 2011, quando devem chegar resultados de novas unidades hospitais.

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