segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cresce o número de crianças dependentes de drogas

 Ao mesmo tempo em que Governo Federal e administrações estaduais e municipais anunciam a aplicação de recursos vultosos para conter o avanço do crack, o fácil acesso à droga permanece como um dos maiores desafios para a eficácia de medidas preventivas e repressivas. Um dos reflexos mais graves da situação é o número crescente de crianças em situação de dependência química na Capital.

Motivados pela necessidade de preencher um vazio que surge da ociosidade e da falta de perspectivas quanto ao futuro, muitos meninos encontram nos entorpecentes válvulas de escape que os arrastam para a criminalidade, em um processo que degrada sua saúde e os expõe a uma série de riscos. Para tornar-se dependente, não há idade mínima, sendo crianças de oito anos comumente encontradas por quem trabalha para recuperá-las.

Conforme o presidente do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas (Cepod), Herman Normando, o número de garotos de até 15 anos assistidos pelo poder público e por entidades filantrópicas é bastante inferior ao total de usuários dessa faixa etária que desejam largar o vício.

Embora haja poucos dados oficiais a respeito do tema, o presidente diz ser notável o aumento do número de crianças que fazem uso de drogas. O fato pode ser observado, afirma, através da procura crescente de familiares que vão até o Conselho em busca de auxílio. "Praticamente todo dia vem gente aqui querendo internação para os filhos", comenta.

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