Um mistério envolvendo desvio de recursos em Mombaça acabou levando o Ministério Público Estadual a ajuizar ação de improbidade administrativa contra a Prefeitura. Uma pessoa que morreu em abril de 1985 recebia pelos serviços de transporte escolar no ano de 2008. Quem denuncia é o filho do morto. Afonso Rodrigues do Nascimento recebeu pagamento do Município por ter trabalhado como motorista de transporte escolar, mas os cheques eram nominais ao seu pai, Raimundo Rodrigues do Nascimento, falecido há 26 anos.
Diante do fato, o Ministério Público Estadual ajuizou ação contra o prefeito Wilame Alencar (PSDB), servidores municipais e contra o próprio filho do morto. Como o próprio Afonso Rodrigues explica, o serviço foi prestado no segundo semestre. Ele conta que estranhou que o pagamento estivesse no nome do seu pai, mas assinou o verso do cheque e recebeu o dinheiro no banco. A Prefeitura, segundo Afonso, havia usado seu CPF, mas realizou o pagamento no nome do pai falecido.
No ano seguinte, ao cair na malha fina da Receita Federal, ele descobriu que outros pagamentos vinham sendo efetuados no nome do seu pai desde o primeiro semestre. “Tenho respeito ao nome do meu pai, que morreu há 26 anos. O que o prefeito fez comigo, ele tem que pagar pelo erro”, disse.
Afonso garante que procurou o Município para corrigir o erro, mas os servidores não resolveram o problema. Reforça ainda que não recebeu todo o pagamento que foi feito ao seu pai. “A minha parte eu assumo. A dos outros não”, disse.
Devolução
A ação movida pelo Ministério Público pede que sejam devolvidos aos cofres públicos o valor de R$ 9 mil. A ação cobra ainda providências quanto à responsabilização criminal do prefeito de Mombaça, e demais envolvidos.
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