sábado, 25 de fevereiro de 2012

18 casos de meningite foram registrados no Ceará este ano

Dor de cabeça, febre e rigidez na nuca. Os sintomas, com intensidade variável, podem indicar meningite meningocócica. A doença, pela rapidez com que se desenvolve e pela capacidade de se proliferar e causar surtos, preocupa. Nos dois primeiros meses deste ano, 18 pessoas ficaram doentes, o que corresponde a 25,7% das notificações registradas durante um ano inteiro no Estado. Desse total, uma pessoa de 28 anos morreu em janeiro, em Fortaleza. Os números são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

“Não é indicativo de surto. O ano inteiro temos casos”, ressaltou o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca. Dos 18 casos registrados, 13 foram na Capital e cinco no Interior. A estimativa, de acordo com Fonseca, é que 60 a 70 casos sejam registrados por ano. No ano passado, 75 pessoas ficaram doentes e 20 morreram. “A tendência é de diminuição, particularmente da meningite C. A vacina foi introduzida em 2007. Muitas crianças já estão protegidas”.

Apesar de não estar caracterizado o surto, a preocupação deve ser constante. O médico infectologista Anastácio Queiroz, diretor do Hospital São José, referência no tratamento de doenças infecciosas, alerta que a meningite pode matar em menos de 24 horas, depois do início dos sintomas. “A qualquer sinal, deve-se procurar logo o médico”. Além dos sintomas já citados, ele acrescenta a dor de garganta e as manchas vermelhas no corpo. Em crianças menores de um ano, há irritabilidade, choro persistente e inchaço na moleira.

Transmissão

A meningite é facilmente transmitida pelo contato com a saliva de quem está infectado. “Fala, espirro, tosse. Tudo isso pode transmitir”, explicou Anastácio Queiroz. No caso da meningite meningocócica, o causador da doença é uma bactéria. Os tipos B e C são os mais conhecidos. A infecção também pode ser provocada por vírus. Apesar do perigo, todos os tipos são tratados. “O tratamento é com antibiótico intravenoso. A maioria fica sem nenhuma sequela, mas alguns podem chegar a ter surdez parcial ou total”, completou.

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