quinta-feira, 12 de abril de 2012

Preço do feijão aumenta no comércio de Iguatu para R$ 7,00 o quilo

O preço do feijão de corda disparou nas feiras livres do Ceará e alcançou o maior valor dos últimos 12 anos no Estado. A seca que atinge a Bahia, o principal centro produtor do Nordeste, e outras regiões de produção, contribui diretamente para a elevação do principal produto que integra a cesta básica do cearense. A tendência é de alta em decorrência da estiagem e da escassez do grão.

Na Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), em Fortaleza, o preço da saca de 60 quilos do feijão de corda chegou a R$ 295,00. "É o maior preço dos últimos 12 anos", frisou o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão. Dentro da série histórica, no último trimestre de 2010, período de entressafra, a saca de 60kg do produto chegou a R$ 280,00. "O preço atual está muito elevado e com perspectiva de alta, porque a produção está escassa", disse Girão.

Em comparação com o preço praticado em fevereiro passado, na Ceasa, o valor da saca de 60kg de feijão de corda saltou de R$ 176,25 para R$ 295,00, um aumento de 67,6%. Esse acréscimo ocorre também nas cidades do Interior do Estado.

Na feira-livre de Iguatu, o preço do quilo do produto de melhor qualidade passou de R$ 4,50, em fevereiro passado, para R$ R$ 7,00, uma elevação de 55%. Os consumidores reclamam. Aproximam-se das sacas, perguntam o preço e muitos desistem de comprar. Outros adquirem menor quantidade do que de costume. "Está custando ouro", disse o lojista Wilson da Silva. A dona de casa Aurinete de Souza lamenta. "Estou comprando menos porque o preço está um absurdo".

Os feirantes reclamam que a elevação do preço contribui para a queda nas vendas. "Os fregueses foram embora, estão comprando bem menos", disse o vendedor Ivan Pereira, que há 17 anos comercializa o produto. A feirante Raimunda Valentino, que há dois anos vende feijão, calcula que as vendas caíram 50%. "Realmente o preço está caro, e isso afasta a clientela".

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