No Brasil, 122 cidades já sabem o resultado da eleição municipal de
outubro mais de dois meses antes da contagem dos votos. Nestes
municípios, há apenas um candidato a prefeito, segundo dados do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O Estado com o maior número de candidatos únicos é Minas Gerais,
seguido pelo Rio Grande do Sul, e os partidos mais dominantes são o PMDB
e o PSDB.
Mato Queimado (RS), com menos de 2 mil habitantes, é um dos
municípios que estão nessa situação. O prefeito da cidade gaúcha,
Orcelei Dalla Barba, disse que a comunidade local “não quer disputa”.
Desde que o o município foi criado, a eleição é decidida desta maneira,
com apenas um candidato à prefeitura, mas com um revezamento de partidos
no comando da cidade.
Os dados do TSE mostram que a candidatura única atinge 2,2% dos
municípios brasileiros nas eleições de 2012. Nas últimas eleições a
prefeito, em 2008, eram 180 cidades. Os números mudam a cada eleição,
sem tendência de crescimento ou de queda. De acordo com o Estadão, é um
fenômeno suprapartidário, já que os candidatos únicos desta eleição
estão filiados a nove partidos diferentes.
Segundo o TSE, os candidatos das cidades onde vai haver disputa
declararam a intenção de gastar R$ 11,9 bilhões para ser eleitos. O
orçamento das campanhas de prefeitos é equivalente à metade dos gastos
do programa Bolsa Família durante o ano. “Isso é quanto os candidatos
declaram, para cumprir uma exigência da lei, mas o valor real gasto nas
campanhas é infinitamente maior”, afirma Ziulkoski.
Disputam as eleições deste ano 15.261 candidatos, sendo 12,4% do sexo feminino.
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