quarta-feira, 9 de julho de 2014

Reciclador confessa assassinato do próprio irmão, em Iguatu

A polícia militar da cidade de Iguatu elucidou a morte do jovem José Filho de Ribeiro de Souza, de 26 anos, encontrado na ultima segunda-feira, dia 07, em avançado estado de decomposição nas proximidades do lixão da cidade. Menos de 24 horas após o achado do cadáver, o irmão de José se apresentou espontaneamente na Delegacia Regional de Polícia da cidade confessando ser o autor do homicídio.

Se dizendo arrependido, Cícero Ribeiro de Souza, 35 anos, descreve que não tinha a intenção de matar seu irmão e que tudo aconteceu muito rápido. “Começamos a discutir e quando vi estávamos brigando. Dei uma gravata nele e ele apagou. Ainda tentei acorda-lo, mas ele não se mexia. Fiquei nervoso [...] Fugir”, relata.

Cícero conta que ficou sabendo sobre a morte de “Nego Té”, como era popularmente conhecido, através de uma rádio local. Ele então teria ido se esconder na casa de uma tia, no bairro João Cabral. Neste ínterim, o delegado Agenor Freitas de Queiroz se deslocou até a cidade de Acopiara, na Comunidade de São Paulino, onde José residia, para interrogar seus familiares.


Os parentes afirmaram que José “não tinha inimigo” e que não “passavam de boatos” as ameaças supostamente sofridas por ele. “Era mentira, depois ficamos sabendo que essas histórias foram inventadas para que ele morasse aqui com a gente”, relata a parente, reforçando a suspeita sobre Cícero.

De acordo com o laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Iguatu, “a causa da morte foi indeterminado”, o que levantou questionamentos do Delegado. “Ele tinha apenas uma marca no pescoço, espécie de ferimento que pensávamos ter sido causado por faca ou algum objeto cortante, mas, de acordo com o laudo, a traqueia dele estava intacta”, ponderou Agenor.

“O laudo técnico talvez tenha sido mal elaborado, deveria apontar a causa da morte, achamos que a quantidade de gazes tóxicos presentes no local tenha contribuído para sua morte”, finaliza Agenor.

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