quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Ceará segue em alerta por ar seco

Dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registraram que, desde o dia 12 de agosto, a presença de um sistema de Alta Pressão Atmosférica está deixando a umidade relativa do ar baixa até na faixa litorânea de Fortaleza. Das oito macrorregiões demarcadas para as análises da Funceme, seis estão com nível considerado de "Atenção", de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto as outras duas permanecem em situação de "Observação".

"Não é comum termos níveis tão baixos assim em cidades litorâneas do Ceará", explica a meteorologista Dayse Moraes. A OMS considera como ideal a umidade do ar acima de 60%. É considerado estado de observação os níveis de 40% a 31%. Quando a umidade cai abaixo dos 30%, há estado de atenção. Se a umidade atingir níveis entre 20% e 12%, é decretado o estado de alerta. Abaixo disso, é considerado estado de emergência.

A Funceme indica que, nessas ocasiões, é melhor evitar práticas físicas a céu aberto de 11h a 15h. Para amenizar a situação, o órgão recomenda o uso de vaporizadores, toalhas umedecidas, bacias com água nos quartos, beber muita água, entre outras providências úteis. O litoral norte do Estado, composto pelos municípios de Baturité, Beberibe, Canindé, Cascavel, Itapagé, Itapipoca, Paracuru, Pentecoste, entre outros, é o que mais sofre com esse fenômeno natural. Durante esses dias, foram registrados 81% de umidade, por volta das 4 horas da manhã e, às 16 horas, o nível mínimo cai drasticamente para 25%.

Situação semelhante acontece com as regiões Ibiapaba, Jaguaribana, Cariri, Sertão Central e Inhamus, e Litoral do Pecém que, durante o período da tarde, o nível de umidade reduz praticamente dois terços do total registrado durante a manhã.

Baixa umidade agrava doenças respiratórias

Nesse período em que é registrado uma queda considerável da umidade relativa do ar, muitas pessoas começam a sentir as consequências do fenômeno na própria saúde. As doenças são diversas e podem atingir a todos, porém os mais vulneráveis à baixa umidade são as crianças de pouca idade, os idosos e as pessoas que já possuem problemas pulmonares.

O médico infectologista e diretor do Hospital São José, especializado em doenças infecciosas, Roberto da Justa, explica que a baixa umidade é um dos maiores fatores responsáveis pelo ressecamento de vias respiratórias.

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