quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Subtenente nega ter matado o filho e acusa a esposa

O subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino, preso desde o último dia 11 suspeito de agredir a esposa, matar o filho envenenado e atentar contra a própria vida,  negou todas as acusações e apontou a esposa, Cristiane Renata Coelho Severino, como autora dos crimes. "Nunca faria isso com meu filho", disse, por telefone.

O militar, que teve ontem revogada a prisão preventiva, permanece internado em um apartamento do Hospital Geral do Exército, em Fortaleza, pois ainda se recupera da ingestão do agrotóxico proibido conhecido como chumbinho.

Emocionado, o subtenente chorou em diversas ocasiões. Sobre a principal acusação, a da morte do filho de nove anos, Lewdo Ricardo Coelho Severino, que era autista, o militar foi enfático.

"Eu não teria coragem de tirar a vida do meu filho. Não foi à toa que tatuei o nome dele no meu braço. Eu não teria coragem de matá-lo de forma tão covarde", disse, chorando. Francilewdo apontou a esposa como autora do crime, frisando que na casa não havia ninguém além dos quatro integrantes da família, incluindo aí o outro filho do casal, de cinco anos.

"Que me lembre, quando estava lúcido, só estávamos nós quatro. Só teria uma pessoa para fazer isso. Eu estava envenenado, não tinha condições. Só pode ter sido ela, ou então outra pessoa entrou na casa", disse. Quanto à culpa por ele atribuída à esposa, o militar cobrou ação da Justiça para garantir que a mulher seja punida.

"Quero que a justiça seja feita. Se ela precisa ser presa, que seja presa. Se ela precisa ser tratada, que ela seja tratada. Ela não pode ficar impune naquilo que ela fez", afirmou.

Outro momento que fez o subtenente chorar foi a lembrança do filho caçula do casal, que foi levado por Cristiane a Recife. "A única notícia que tive foi do advogado, dizendo que o conselho tutelar está acompanhando a segurança dele lá. Não sei (como o menino está), e isso me deixa muito apreensivo, pois é o filho que Deus me deixou pra cuidar e não posso ficar longe".

Francilewdo disse, ainda, que "nunca ouviu falar" da existência do suposto amante de Cristiane, bem como a julgava "bastante atenciosa" com o filho morto, que era "muito ligado a ela".

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