sábado, 7 de março de 2015

PT e PMDB receberam R$ 100 milhões de propina em Belo Monte, diz delator


O diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, ao prestar depoimento em delação premiada, informará que a empresa pagou pouco mais de R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na usina de Belo Monte. Dinheiro este que foi dividido entre PT e PMDB, com cada um dos partidos abocanhando 1% do valor dos contratos. A informação está na edição de hoje do Jornal O Globo.

A notícia aperta o cerco contra os dois principais partidos da coalizão do Governo Dilma Rousseff e amplia a crise generalizada ameaçando a governabilidade da petista. A informação, segundo a publicação foi repassada por fontes ligadas à negociação da empreiteira com o Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba. Ao contar com detalhes como funcionava o esquema de Belo Monte, ele teve o pedido de delação premiada aceito pelos procuradores.  A usina hidrelétrica construída no Pará em custo estimado de R$ 19 bilhões.

Dentre as dez empreiteiras responsáveis pela Usina Belo Monte, a Camargo Corrêa tem 16% dos contratos. Fazem parte do consórcio, ainda: Andrade Gutierrez, Odebrechet, OAS Ltda, Queiroz Galvão, Contern, Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan, Cetenco e J. Malucelli. Destas, seis são investigadas na operação Lava-Jato: Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Galvão Engenharia e a própria Camargo Corrêa. Avancini também deverá confirmar que realmente o “clube VIP” existe e é formado por um  cartel de empreiteiras instalado na Petrobras e também em estatais do setor elétrico.

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