quarta-feira, 8 de julho de 2015

Servidores do INSS entram em greve no Ceará

Os mais de 4 mil servidores do Instituto Nacional do Seguro Social no Ceará entraram em greve a partir desta terça-feira por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no dia 26 de junho passado. No País outros 18 estados também contam com greve da categoria.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) avalia que 70% dos servidores nos estados estejam parados. No final da tarde de hoje a assessoria de imprensa do INSS informou que deve divulgar um balanço sobre a quantidade de estados e servidores parados.

Entre as principais bandeiras puxadas pelos grevistas, orientados pela FENASPS e sindicatos aliados, como o Sinprece, estão o reajuste da remuneração de acordo com a inflação, a incorporação das gratificações GDASS-GDPST, plano de cargos e carreiras, 30 horas de trabalho para todos os servidores, concurso público para repor quadro funcional, fim do assédio moral, contra as terceirizações e isonomia salarial com paridade entre ativos e aposentados são algumas das bandeiras puxadas pela FENASPS e seus sindicatos filiados, como o SINPRECE.

Durante a assembleia, um dos principais pontos destacados pelos representantes das APS do Interior do Estado foi a insegurança dos servidores quanto ao desconto que implicará em suas remunerações durante o estado de greve. De acordo com as representações, essa preocupação tem feito muitos servidores se posicionarem de forma contrária ao movimento.

Esse posicionamento contrário também é reforçado por outros fatores que provocam dúvidas nos trabalhadores, como o direito de greve dos servidores em estado probatório, por exemplo, e a relevância da paralisação como ferramenta de luta.

A proposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de reajustar em 21,3%, de forma parcelada, até 2019 (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019), foi rejeitada pelos trabalhadores. Segundo o sindicato, os demais pleitos dos empregados também não seriam contemplados pela proposta.

A orientação do INSS aos segurados é que as datas de atendimento serão remarcadas pela própria agência. Dúvidas podem ser esclarecidas pela central do telefone 135. Em nota, o INSS informou que considerará a data originalmente agendada como a de entrada do requerimento, “de modo a evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados”.

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