sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Andrade Júnior não é mais delegado geral da Polícia Civil

O delegado Andrade Júnior pediu, ontem, exoneração do cargo de delegado geral da Polícia Civil. O anúncio da saída foi feito pelo governador Camilo Santana, em postagem na sua página da rede social Facebook, na noite de ontem. Ainda na publicação, Camilo comunicou que o ex-delegado geral adjunto da Polícia Civil, Marcus Rattacaso, irá assumir o posto interinamente, até que se escolha o substituto efetivo para a Pasta. 

O governador aproveitou a mensagem para agradecer à Andrade Júnior "pelo trabalho e dedicação durante o período em que esteve ocupando o cargo". 

Andrade Junior afirmou que pediu exoneração do cargo em caráter irrevogável. O delegado emitiu mensagem direta aos delegados, escrivães e inspetores do Estado para agradecer pelo apoio dado enquanto ele esteve no posto mais alto da Instituição: "Caros colegas Delegados, Escrivães e Inspetores de Polícia, quero agradecer a todos vocês o apoio que me concederam enquanto eu estive à frente da Polícia Civil do Estado do Ceará. A todos desejo um feliz natal e que continuem, acima de tudo, honrando o compromisso que cada um assumiu quando ingressou em nossa Instituição. Grande abraço e meu muito obrigado". Procurado pela reportagem, o delegado não quis comentar a motivação da saída. 

No entanto, um fonte da Polícia Civil informou que a mensagem de lei enviada pelo Governo Estadual à Assembleia Legislativa para igualar o salário de agentes de segurança do Ceará à média paga na região Nordeste, mas que não incluiu escrivães e inspetores da Polícia Civil do Ceará, seria o motivo que fez Andrade Júnior pedir exoneração do cargo de delegado geral. 

Polêmica 

A exoneração acontece um mês e meio depois de um áudio vazar e uma declaração de Andrade Júnior causar polêmica dentro e fora da Polícia Civil. Em uma conversa com 160 novos escrivães, o ex-delegado geral ameaçou demitir os policiais civis que estavam em greve e usou o termo 'pilantras' para se referir à parte da categoria que participou do movimento. "Como disse aos senhores, tenho 45 anos de idade e 29 de serviço público. Comecei a trabalhar bem cedo e nunca cometi uma ilegalidade dentro da função. E desafio qualquer um desses pilantras que estão aí. Se vão entrar para engrossar esse coro, não entrem", afirmou Andrade.

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