sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

PF confirma vazamento do Enem, e MPF quer anulação

Após conclusão da Polícia Federal (PF) de que houve vazamento das provas do primeiro e segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (2016), o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) vai requerer judicialmente a extensão do pedido de anulação para todas as provas, e não apenas a de redação, conforme ação já impetrada no mês de novembro. O relatório da Polícia concluiu ter havido crime de estelionato qualificado no caso, beneficiando dois candidatos - com pelo menos um deles preso no Ceará - que tiveram acesso às provas antes do início do certame. 

A íntegra do relatório e peças do inquérito serão anexadas ao recurso do MPF-CE, que já tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em Recife. No entanto, segundo o procurador da República, Oscar Costa Filho, a extensão do pedido de anulação das provas será ingressado somente após o resultado da ação civil pública em questão. O recurso não interfere nas provas dos dias 3 e 4 de dezembro - exames serão aplicados para 432 candidatos, pois a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC) foi ocupada em novembro. 

Conforme a PF, os envolvidos tiveram acesso à "frase-código" da prova rosa, permitindo, assim, que candidatos que deveriam fazer provas diferentes da rosa pudessem preencher o cartão de respostas com base no gabarito repassado pela quadrilha. O documento aponta que os candidatos receberam fotografias das provas e tiveram acesso aos gabaritos e ao tema da redação. De acordo com a PF, ambos os candidatos receberam exatamente as mesmas fotografias, mas de intermediários diferentes, o que deixa claro o vazamento ter a mesma origem.

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