sábado, 21 de agosto de 2010

Advogado de Bruno apelida delegados de `Neandertal´, `Paquita´ e `Mega hair´

O advogado do goleiro Bruno Souza utilizou-se de apelidos pejorativos para se referir aos delegados responsáveis pelo inquérito que indiciou o goleiro Bruno Souza e mais oito pessoas pelo desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. Em seu blog, o advogado postou uma suposta íntegra da defesa prévia encaminhada nesta quinta-feira (19) à juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG).

No documento, Ércio Quaresma pede à Justiça que os delegados, entre outras pessoas, sejam arrolados como testemunhas em processo no qual o seu cliente e os demais figuram como réus.

Ele denominou o delegado Edson Moreira, chefe do departamento de Investigações de Minas Gerais, como "Neandertal", e o delegado Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCV), de "Mudinho".

Para a delegada Alessandra Wilke, o advogado reservou o apelido de "Paquita". Já para o marido dela, o também delegado Júlio Wilke, o advogado o classificou como "Galinho de Briga". A delegada titular da delegacia de Homicídios de Contagem (MG), Ana Maria Santos, foi intitulada como "Mega hair".

Além dos delegados, o advogado ainda listou como testemunha Eliza Samudio, desaparecida desde o dia 10 de junho deste ano, e com quem o goleiro teria tido um filho. Segundo a investigação, ela teria sido morta pelo ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, conhecido como Bola, em Vespasiano (na região metropolitana de Belo Horizonte).

A defesa também relacionou o adolescente J., primo do jogador condenado pela Vara da Infância e Juventude de Contagem a cumprir medida socioeducativa por tempo indeterminado sob acusação de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Atualmente, ele está acautelado no CEIP (Centro Internação Provisória) São Benedito, na capital mineira.

No documento, Quaresma voltou a pedir a transferência do caso para a comarca de Vespasiano.

Por sua vez, o advogado Zanone Júnior, defensor de Marcos Aparecido dos Santos, elencou 19 pessoas na defesa prévia feita para o cliente. Ele disse também que vai usar o resultado das contraprovas, a cargo do perito alagoano George Sanguinetti, que deverão ficar prontas na semana que vem. O médico-legista, que fez um laudo paralelo no caso Isabella Nardoni, foi indicado como assistente-técnico da defesa. Sanguinetti esteve em Minas Gerais no último fim de semana e colheu material na casa do ex-policial

"Semana que vem, os exames vão ficar prontos e eu vou conversar pessoalmente com ele para discutirmos o resultado. Aqui, ou em Alagoas", disse Júnior.

O advogado de Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, não apresentou testemunhas por afirmou que seu próprio cliente "é somente uma testemunha" no caso.

A reportagem do UOL Notícias tentou entrar em contato com Quaresma, mas o celular dele permanece desligado desde ontem.

A assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais informou que os delegados não vão se manifestar sobre as afirmações do advogado.

Fonte: UOL

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