quarta-feira, 3 de novembro de 2010

‘O que fiz foi maldade’, diz acusado de matar menina de 9 anos no Rio


"O que eu fiz foi uma maldade", desabafou o marceneiro Jonas Marcolino da Silva, 35 anos, durante apresentação à imprensa na manhã desta quarta-feira (3), na Divisão de Homicídios do Rio.
Ele é acusado de ter estuprado e matado a menina Camila Evangelista da Conceição, de 9 anos, encontrada morta na segunda-feira (1º), no Centro da cidade.

"Agora eu quero morrer. Usei drogas e bebi muito e quando eu bebo fico muito perturbado. Estava alterado e nervoso e não lembro de muita coisa", contou ele na delegacia.

Segundo a polícia, ele vai ser indiciado por estupro de vulnerável e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, cujas penas podem chegar a 45 anos de prisão, segundo o delegado Felipe Ettore, titular da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (2) e, segundo o delegado, teria confessado o crime.

Agentes da DH e policiais militares do 5º BPM (Praça da Harmonia) chegaram ao acusado com a ajuda de moradores. O homem, que trabalha como marceneiro e morava em um quarto alugado no Morro da Providência, no Centro da cidade, voltou à residência nesta manhã e foi denunciado por moradores aos policiais que estavam fazendo diligências no local.

Através de uma imagem de um vídeo, gravada por câmeras de uma empresa situada próximo ao local onde o corpo da menina foi deixado, policiais da DH disseram que é possível ver quando um homem que puxava um carrinho de rolimã joga uma caixa de isopor numa lixeira.


O corpo de Camila foi encontrado na segunda-feira (1º) na Ladeira Madre de Deus, na Gamboa, um dos acessos ao Morro da Providência, Zona Portuária do Rio.

Ao ser preso, o marceneiro teria confessado o crime aos policiais, dizendo que aliciou a menina com R$ 20 e a levou para seu quarto. Ele disse ainda que estuprou a criança e que a matou porque ela gritou.

Criança desapareceu no domingo

A menina era moradora do Morro da Providência, no Centro, área vizinha ao local onde o corpo foi encontrado. Segundo Thaideth Duarte, subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora da Providência, a menina estaria desaparecida desde a noite de domingo (31). Ela teria ido à uma festa com os pais na Rua Barão Félix, nas proximidades da comunidade da Providência, quando saiu para andar de bicicleta e sumiu. Apesar do desaparecimento, os pais não teriam feito qualquer comunicado à polícia.

A assessoria da UPP informou que a região onde a menina desapareceu não faz parte da área de atuação da unidade da Providência. Mesmo assim, nenhum órgão policial foi avisado sobre o desaparecimento, ainda segundo a assessoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário