sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

País inicia teste com cápsula contra mosquito da malária

Cápsulas gelatinosas que, sem energia elétrica ou fogo, passam a noite protegendo os ambientes - e as pessoas - contra qualquer mosquito estão sendo desenvolvidas em um projeto para o controle da malária. Coordenada pelo entomólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Wanderli Tadei, a pesquisa usa a nanotecnologia para causar menos danos ao meio ambiente do que os inseticidas, além de economia.

"Conseguimos com o protótipo das cápsulas o mesmo índice de mortalidade do mosquito da malária, mas com uma quantidade 25 vezes menor de piretróide (inseticida normalmente colocado na parede das casas para dar o efeito de repelência ao mosquito da malária)", explica o pesquisador.

Se os testes práticos obtiverem sucesso, além de combater o mosquito transmissor da malária, a técnica poderá no futuro ser usada para evitar outras enfermidades. "Podemos dizer que o coquetel de óleos é eficaz contra mosquitos como o transmissor da dengue e outras doenças", afirmou Tadei.

Segundo ele, os óleos são muito voláteis, por isso a ideia de encapsulá-los fez com que a liberação ocorra de forma mais lenta. "Usar apenas os óleos em recipientes numa sala pequena podem repelir os mosquitos, mas duram no máximo duas horas. A ideia das cápsulas é chegarmos a um resultado que dure dias."

As cápsulas em teste misturam vários óleos, na maioria de plantas amazônicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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