terça-feira, 16 de agosto de 2011

MUNDO À FORA: Família volta a ser pobre depois de ganhar mais de R$ 12 mi

A crise marcou a vida do espanhol A.N.P., dividindo-a em dois períodos distintos. Ele chegou a ganhar milhões de euros e hoje, desempregado, é obrigado a pedir ajuda para não passar fome. Um ano antes da crise ele tinha duas casas, três carros e salários anuais equivalentes a R$ 150 mil. Um ano depois, dívidas, bens confiscados e necessidades básicas desatendidas. "É difícil de acreditar", desabafa.

A.N.P., 54 anos (ele pediu para não ter o nome ou o rosto divulgado) é um retrato fiel da crise que atinge trabalhadores que até pouco tempo atrás tinham bons níveis de vida e perderam tudo Mestre de obra em mais de 30 anos na construção civil, chegou a ganhar mais de R$ 12 milhões em oito anos no período do boom do setor.

Os salários que superavam os R$ 13 mil mensais lhe animaram a comprar duas casas, três carros e a consentir que o filho deixasse os estudos antes de concluir o segundo grau. Como operário, o rapaz ganhava mais do que um universitário.

Mas a realidade mudou. A construtora em que pai e filho trabalhavam faliu. A empresa, que também financiava a compra de imóveis para os empregados, deixou de pagar bancos, fornecedores e trabalhadores.

Resultado: bens confiscados, dívidas acumuladas e toda a família desempregada há um ano. Desde fevereiro, a solução tem sido o restaurante comunitário da organização de caridade católica São Vicente de Paula no centro de Madri.

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