“Ele estava se desmanchando, o corpo dele se desmanchava, dava para ver os ossos nas mãos”, afirmou nesta quarta-feira (23) Marcelo de Melo Alves, soldado da Polícia Militar de São Paulo, ao relembrar como encontrou o estudante de 10 anos que teria sido queimado pela própria mãe, na madrugada desta terça (22). O menino teve queimaduras de segundo e terceiro graus em 27% do corpo. A mãe do garoto, a desenhista Sandra Gomes Bacelar, de 35, está presa na Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte, por suspeita de ter queimado o próprio filho. A Polícia Civil a indiciou por tortura e tentativa de homicídio. Ela alega inocência e nega o crime.
Nesta manhã, o garoto ainda corria risco de morrer. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, seu estado de saúde é considerado “grave para gravíssimo”.
O garoto está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tatuapé, referência para queimados na cidade. Ele teve ferimentos no rosto, tórax, barriga, mãos, braços e pernas.
Segundo o soldado Alves, de 32 anos, o menino afirmou que estava dentro de casa, na Vila Esperança, deitado na cama, e sua mãe derramou álcool líquido nele quando se recusou a desligar a televisão. “Ele falou que ela jogou álcool e acendeu o fósforo para atear fogo. Depois, falou que ela o empurrou até o banheiro e ele abriu a torneira e se lavou”, contou o policial militar, que estava patrulhando a área num carro da corporação com o colega de profissão, o também soldado Felipe Goulart da Silva, de 31 anos.
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