quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mesmo preso, Beira-Mar usa empresas para lavar dinheiro

Preso há dez anos em penitenciárias federais de segurança máxima, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, teve a mobilidade reduzida pelo cárcere, mas não deixou de articular as ações de sua quadrilha. Numa investigação inédita, o Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, identificou quatro empresas legais usadas para lavar os lucros obtidos por Beira-Mar com a venda de drogas e armas. Juntas, as firmas — com sedes em Foz do Iguaçu (PR), Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS) — movimentaram R$ 20 milhões em 2010.

A investigação foi iniciada a partir da descoberta de bilhetes enviados por Beira-Mar a aliados no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, na Penha. O material foi encontrado em novembro de 2010, quando a área foi ocupada por forças de segurança. A análise dos textos revelou uma estrutura articulada pelo criminoso para legalizar recursos da venda de maconha, cocaína e armas.

O dinheiro arrecadado era depositado, fracionado, em contas bancárias das empresas e seus sócios. Uma das firmas, com sede em Foz do Iguaçu, movimentou R$ 10,7 milhões entre maio e julho de 2010.

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