Os policiais e bombeiros militares decidiram, nesta quinta-feira (29), durante assembleia realizada no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, entrar em greve por tempo indeterminado. Dessa forma, a categoria paralisa as atividades às vésperas do Réveillon.
O capitão da Polícia Militar, Werisleik Pontes, disse em diversas entrevistas que o movimento é ilegal e que a greve não pode ser decretada.
Reivindicações
Os policiais e bombeiros reclamam da falta de efetivo para fazer a segurança em todo o Estado. Segundo Pedro Queiroz, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Ceará (Aspramece), são mais de 14 mil policiais na folha, mas aproximadamente 7.400 estariam licenciados. O ideal, conforme a Associação, seriam 33.700 policiais; os dados seriam da ONU.
A categoria pede ainda promoção e assistência médica. A reivindicação principal, no entanto, é por melhores condições de trabalho, especialmente reajuste de salários.
Protesto terminou em tumulto
No último dia 17 de dezembro, uma manifestação de policiais e bombeiros militares do Ceará terminou em confusão. A caminhada saiu da Praça do Ferreira e seguiu para a obra da estação do Metrofor, na Avenida Tristão Gonçalves, onde o governador Cid Gomes estava fazendo uma visita oficial.
Os manifestantes sentaram na avenida em sinal de protesto e impediram a saída do governador do local. Depois de mais de meia hora a comitiva oficial conseguiu deixar o local, escoltada por policiais do batalhão de choque e seguranças.
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