Um homem de 111 anos, morador de Santo Antônio do Descoberto, cidade
no Entorno do Distrito Federal, guarda em casa, desde 2003, o caixão em
que quer ser enterrado. À espera da morte, o maranhense Leocádio
Rodrigues de Lima também separou a calça, o paletó e a gravata que quer
usar no próprio velório.
"Comprei o caixão para poder ficar dentro quando eu morrer", disse o
aposentado, que pagou R$ 950 pela urna funerária guardada num barraco no
quintal da casa onde mora. O caixão divide espaço com telhas, caixas e
madeiras.
De acordo com a aposentada Maria Lúcia Cardoso, que toma conta de
Lima, o caixão está tão velho que não poderá mais ser usado. Ela disse
que o maranhense chegou a "provar" o caixão várias vezes na época da
compra.
"Ele ficava lá dentro com o travesseirinho para ver se era
confortável", disse Maria Lúcia. "Agora ele fala, brincando, que vai
usar o caixão para plantar cebola, mas tem outro igual reservado na
funerária para quando ele morrer."
Nenhum comentário:
Postar um comentário