De acordo com o TRE, com a derrubada dos recursos, a medida de cassação
será enviada "de imediato" à Assembleia Legislativa do Ceará para
afastá-lo do cargo. Na noite desta quarta-feira, o advogado do deputado, Irapuan Carmuça, disse que não iria responder sobre o caso no momento.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o deputado usava o comitê
eleitoral para realizar consultas médicas. Em troca da consulta, era
pedido o voto para o deputado.
As consultas médicas eram realizadas por Magaly Marques (PMDB), irmã de Carlomano Marques e vereadora de Fortaleza,
reeleita vereadora em 2012. A denúncia foi feita pelo Ministério
Público durante a campanha eleitoral de 2010, quando Carlomano foi
reeleito deputado estadual do Ceará.
De acordo com a decisão, Carlomano Marques deve perder o mandado de
deputado estadual. A decisão também determina que Magaly Marques deve
ter o diploma de vereadora cassado.
Após o anúncio da cassação em dezembro de 2012, o deputado usou a
tribuna da Assembleia para se defender, afirmando não ter "feito nada de
errado". “Mesmo que eu tivesse feito isso, não bastaria isso para que
eu fosse cassado. Porque acompanhado do ilícito provado você tem que ter
a repercussão do fato. Se aquele fato muda o destino da eleição”,
disse.
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