quinta-feira, 25 de julho de 2013

Governo Federal pode desistir da exigência de dois anos para os estudantes de medicina ficarem no SUS


De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a comissão de especialistas que avalia o programa Mais Médicos propôs que os dois anos nos quais os estudantes de medicina teriam de trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) – conforme prevê o programa –, sirvam como residência médica e não como parte da graduação.

O pronunciamento feito nesta quarta-feira, 24, altera a atual proposta que coloca os dois anos de residência médica como especialização, não sendo obrigatórios para a conclusão da graduação em medicina (de seis anos). Muda também o que era previsto no programa Mais Médicos, que exigia que a partir de 2015 seriam incorporados dois anos em regime de prestação de serviço em unidades públicas de saúde.

A proposta não foi aprovada pelas Entidades médicas, levando o assunto a constantes debates. “Em vez de serem dois anos adicionais de graduação, a recomendação deles [da comissão] é que fossem dois anos de residência médica”, explicou o ministro que evitou comentar qual é a posição do governo em relação à proposta dos especialistas, mas lembrou que a medida provisória que instituiu o Mais Médicos também prevê a possibilidade de o período extra de dois anos ser vinculado à residência.

A comissão de especialistas que tem o objetivo de “amadurecer” e “aperfeiçoar” a MP é coordenada pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene. A proposta desses especialistas, afirmou Mercadante, atenderia à expectativa de alguns estudantes de medicina, uma vez que nem todos têm acesso à residência. “Nós ofertaríamos todas as residências e eles teriam os dois anos complementares como residência”, disse Mercadante.

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