De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a comissão
de especialistas que avalia o programa Mais Médicos propôs que os dois
anos nos quais os estudantes de medicina teriam de trabalhar no Sistema
Único de Saúde (SUS) – conforme prevê o programa –, sirvam como
residência médica e não como parte da graduação.
O pronunciamento feito nesta quarta-feira, 24, altera a atual
proposta que coloca os dois anos de residência médica como
especialização, não sendo obrigatórios para a conclusão da graduação em
medicina (de seis anos). Muda também o que era previsto no programa Mais
Médicos, que exigia que a partir de 2015 seriam incorporados dois anos
em regime de prestação de serviço em unidades públicas de saúde.
A proposta não foi aprovada pelas Entidades médicas, levando o
assunto a constantes debates. “Em vez de serem dois anos adicionais de
graduação, a recomendação deles [da comissão] é que fossem dois anos de
residência médica”, explicou o ministro que evitou comentar qual é a
posição do governo em relação à proposta dos especialistas, mas lembrou
que a medida provisória que instituiu o Mais Médicos também prevê a
possibilidade de o período extra de dois anos ser vinculado à
residência.
A comissão de especialistas que tem o objetivo de “amadurecer” e
“aperfeiçoar” a MP é coordenada pelo ex-ministro da Saúde Adib Jatene. A
proposta desses especialistas, afirmou Mercadante, atenderia à
expectativa de alguns estudantes de medicina, uma vez que nem todos têm
acesso à residência. “Nós ofertaríamos todas as residências e eles
teriam os dois anos complementares como residência”, disse Mercadante.
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