quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ataque com armas químicas mata cerca de 1.300 pessoas, sendo muitas crianças na Síria

Quando os foguetes atingiram sua aldeia de Mouadamiya, a sudoeste de Damasco, Farah al Shami ignorou rumores no Facebook de que os projéteis estariam carregados de agentes químicos. Ela achava que seu bairro estava perto demais de um quartel para ser afetado. 

A região atingida é dominada por rebeldes, que acusaram o Exército sírio pelo ataque, ocorrido às 3h locais. O regime de Bashar al Assad confirmou que realizou ataques à região na quarta-feira, mas negou o uso de armas químicas. 

O incidente pode ser o mais grave ataque com armas químicas desde 1988, quando as forças de Saddam Hussein atacaram com um gás a cidade curda de Halabja, no Iraque, matando entre 3.000 e 5.000 curdos iraquianos. 

Imagens recebidas da Síria mostraram vários corpos — alguns deles de crianças pequenas — no chão de uma clínica, sem sinais visíveis de lesões. Algumas mostravam pessoas com espuma ao redor da boca. 

uma grande quantia de gás de controle, como o lacrimogênio, pode ter sido utilizada em um espaço fechado; ou então usada uma substância química muito mais poderosa pode ter sido lançada a céu aberto. 

O sarin é um gás letal que diversos países já denunciaram ter sido usado pelo Exército na Síria. Ele vaporiza com facilidade e se espalha no ar de forma rápida. O gás age no sistema nervoso e pode causar a morte entre um e dez minutos após a exposição. 

Entre os sintomas, que aparecem em poucos segundos, estão irritação dos olhos, coriza, visão borrada, excessiva formação de saliva, tosse, aperto no peito, diarreia, atordoamento, sonolência e náusea, para exposições leves ao gás. A morte das vítimas se dá, na maior parte dos casos, pela contração muscular, que causa insuficiência respiratória, perda de consciência e paralisia.

A atropina e a fisostigmina são estimulantes do sistema nervoso e podem ajudar a conter o efeito do sarin, mas os remédios precisam ser administrados imediatamente após a exposição, o que atrapalha o tratamento, já que as equipes médicas não sabem prontamente com que tipo de substância estão lidando. 

Outra substância é o gás mostarda, que queima a pele e os órgãos internos. O gás pode provoca ardor nos olhos e na pele, além de afetar pulmões, boca e garganta, se for inalado. Normalmente, o mostarda não é letal, mas pode causar câncer e graves queimaduras, que podem levar até mesmo à desfiguração.

ATENÇÃO: IMAGENS MUITO FORTES DE CRIANÇAS MORTAS

 
 
 
 

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