A bancada petista se reúne hoje no encontro da Executiva Nacional do Partido, em Brasília, visando discutir um nome para concorrer à presidência da Câmara e também a pauta de balanço pós-eleitoral. O PT se articula para obter um nome de consenso dentro da legenda e apoiá-lo numa possível candidatura própria. “É natural que o partido do governo, tendo a maior bancada, e tendo o PMDB no Senado, lance seu próprio candidato na Câmara”, disse um ex-líder do PT na Câmara.
Levando em consideração a possibilidade de requisição para ministérios ou outros cargos no governo, se os políticos eleitos assumirem de fato, no Senado, o PT ficará com 12 parlamentares e o PMDB terá 18. Já na Câmara PT terá o maior grupo, com 70 deputados, enquanto o PMDB ficará com 66 parlamentares.
Lançando candidatura à presidência da Câmara, Eduardo Cunha ignorou o rodízio entre PT e PMDB, respeitado desde 2007 com intuito de evitar brigas. “A bancada me deu o respaldo de, se assim nos entendermos que o PMDB vai apresentar candidato, seja o meu nome”, disse na quarta-feira após reunião com a bancada na Câmara.
Diante do cenário, petistas tentam acordo em que o PMDB preside o Senado e a presidência da Câmara fica com o PT. As discussões ainda são preliminares e serão aprofundadas com aliados dos partidos.
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