quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Subtenente mata filho autista e agride esposa em Fortaleza


Um subtenente do Exército Brasileiro (EB) foi autuado em flagrante, na manhã de ontem, em Fortaleza, suspeito de assassinar o próprio filho, de nove anos, envenenado com remédio tarja preta. Antes, o homem ainda teria agredido a esposa e a feito igualmente tomar a medicação. Por fim, o militar ainda ingeriu também a mesma substância, a fim de tentar tirar a própria vida.

O caso aconteceu no Conjunto Napoleão Viana, bairro Dias Macêdo, na Capital. O subtenente Francilewdo Bezerra Severino, de 45 anos, está internado em coma, em estado grave, no Hospital Geral, após ter tomado, supostamente, alta dosagem de clonazepam, um anticonvulsivo tranquilizante de tarja preta.

Agressão

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegado Jairo Façanha Pequeno, a esposa do militar relatou em depoimento que o filho do casal era autista e que desconhece os motivos do marido ter cometido tais crimes. Segundo a Polícia, ele foi autuado por homicídio, lesão corporal e por violência doméstica na Lei Maria da Penha.

A mulher sobreviveu ao atentado e presenciou ainda a criança e o marido agonizando após a dosagem de medicamento manuseada pelo homem. Ela foi socorrida por outros militares que residem no mesmo conjunto.

No depoimento, a mulher afirmou que o marido "nunca apresentou comportamento agressivo" e que ele havia dito que a medicação "era pra ela não ver a besteira que ele iria fazer".

Cristiane disse, ainda, que chegou a tomar "de cinco a seis cápsulas do remédio" e que antes, havia ingerido vinho. O filho mais novo do casal, de cinco anos, não sofreu agressões, segundo a esposa do militar.

"No depoimento, a mulher diz que o subtenente primeiro a agrediu. Ela apresentava lesões nos braços e nas pernas. Depois, o homem a obrigou a tomar a medicação. Em seguida, o militar deu o medicamento ao filho mais velho, Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, que não resistiu e morreu. Só então, tomou ele próprio também o remédio. A mãe acordou do desmaio cerca de uma hora depois e ainda os viu agonizando. Foi quando chamou por socorro", relatou o delegado.

O menino não resistiu. O homem foi levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro, e em seguida encaminhado ao Hospital Geral, onde está internado em estado grave.

Segundo o diretor do Hospital Geral do Exército, coronel Sebastião Mauro Venturi de Pina, "o subtenente Francilewdo encontra-se na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com quadro inconsciente, em coma, estável, em situação grave".

Nenhum comentário:

Postar um comentário