quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ex-gerente executivo da Petrobras mantinha conta na Suiça com R$ 6 milhões


Pedro Barusco Filho, ex-gerente executivo da Petrobras, mantinha uma conta em Genebra, na filial do banco HSBC na Suíça, com saldo de US$ 6 milhões. A conta no HSBC estava em nome da offshore Vanna Hill, empresa que pertencia no papel à sua esposa, Luciana Adriano Franco. No acordo de delação premiada, Barusco se comprometeu a devolver US$ 67,5 milhões, entre eles os US$ 6 milhões depositados no HSBC.

O HSBC suíço foi um dos oito bancos usados por Barusco para movimentar a propina que recebeu pelo desvio de dinheiro de obras da estatal. A filial suíça do banco é acusada de acobertar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os dados dos clientes do banco foram vazados por um ex-funcionário do HSBC, que, em janeiro passado, deu início a uma investigação batizada de “SwissLeaks”, feita por 154 jornalistas de 45 países. A movimentação milionária no HSBC ocorreu entre 2006 e 2007.

Barusco  teria começado a receber propinas quando ainda atuava na área de Exploração e Produção. Entre 1995 e 2003, afirmou ter recebido por mês entre US$ 25 mil a US$ 50 mil de uma única empresa, a holandesa SBM. Na Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada pelo ex-diretor Renato Duque, o valor chegou a pelo menos US$ 22 milhões entre 1997 e 2010, e o dinheiro passou por 13 offshores.

O valor, porém, pode ser bem maior. Todos os contratos acima de US$ 20 milhões passavam por Duque. Segundo as denúncias, ele e o PT também atuaram na diretoria de Exploração e Produção, dona de 60% dos investimentos da estatal.

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