sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Consumidor paga R$ 10 bilhões extras na conta de luz neste ano

As bandeiras tarifárias, cobradas nas contas de luz a partir deste ano, arrecadaram R$ 9,6 bilhões dos consumidores até agosto, dos quais quase metade (R$ 4,2 bilhões) foram utilizados para cobrir custos das distribuidoras decorrentes de uma menor produção das hidrelétricas devido à seca, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) compilados pela Reuters. Os cearenses, também, estão pagando essa conta, que está cada vez mais alta e tem gerando relações contra a Coelce.

Ainda assim, as empresas do setor de distribuição de energia têm se queixado à Aneel de que as tarifas ainda não cobrem todos os custos, o que as obriga a captar recursos no mercado para cumprir com obrigações financeiras.

As bandeiras foram implementadas a partir de janeiro para apoiar as distribuidoras, que têm sofrido com uma defasagem nas tarifas cobradas dos consumidores, puxada por uma elevação de custos causada pela menor geração hídrica e pela compra de energia de termelétricas, que são bem mais caras.

“Esse é um problema generalizado no setor. Você tem um acúmulo. As distribuidoras estão tendo que liquidar (compromissos financeiros) no curto prazo, mas elas simplesmente não têm caixa para isso”, afirmou o sócio-diretor da LMDM Consultoria, Diogo Mac Faria.

A defasagem é contabilizada numa “conta virtual”, conhecida no setor como CVA, e repassada para os consumidores no reajuste tarifário de cada distribuidora. Mas as empresas têm alegado que a conta ficou pesada demais para ser carregada até que a Aneel autorize as elevações nas tarifas.

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