Pai e filho que estavam brigados por causa de um prêmio da Mega-Sena fecharam um acordo, na quarta-feira (21), diante da juíza Melissa Lima, em Juscimeira (MT). O prêmio, que na época era de R$ 28,8 milhões, saiu em 2006 para o filho e foi depositado na conta do pai. Quando o "ganhador" quis transferir a quantia, não conseguiu. A disputa foi parar na Justiça e virou caso de polícia.
Segundo a assessoria de imprensa da Corregedoria de Justiça do Estado de Mato Grosso, nesta semana, o pai concordou em devolver uma fazenda comprada com o dinheiro da loteria e, em contrapartida, o filho deu 1.600 cabeças de gado, um apartamento em Cuiabá e três caminhonetes. O restante do dinheiro deve ser dividido.
Apesar do acordo, pai e filho não se reconciliaram. Na audiência, os dois não ficaram frente a frente e não apertaram as mãos. O filho disse que aceitou a proposta porque queria "paz e sossego".
Briga
Os dois ficaram quase três anos sem se falar. Depois do início da briga judicial, o pai chegou a ter os bens bloqueados e o filho conseguiu reaver parte do prêmio.
Em maio deste ano, o pai e mais cinco pessoas foram detidas. Segundo a polícia, eram suspeitos de planejar a morte do rapaz que acertou as dezenas premiadas. Um homem preso com armas em uma estrada de Mato Grosso do Sul teria dito que foi contratado para matar o ganhador. O pai foi solto alguns dias depois.
Os seis foram indiciados por formação de quadrilha. O inquérito policial foi encaminhado na semana passada ao Poder Judiciário, de acordo com o delegado Ivan Barreira, do Garras, grupo da Polícia Civil de repressão a roubo a banco, assaltos e sequestros.
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