sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Preço do feijão dispara e vai doer no bolso


Item fundamental na mesa da família brasileira, o feijão deverá se tornar um artigo mais escasso na dieta cotidiana do cearense. O preço do nosso grão de cada dia subiu 83% de agosto para setembro no Estado. Conforme Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Ceará S/A), o saco de 60 kg do feijão carioquinha (também conhecido como mulatinho) passou de R$ 142,00 no mês passado para R$ 260,00 na semana em curso, um encarecimento de R$ 82,00 em apenas cerca de 30 dias.

Em relação a igual período do ano passado, a evolução do preço é ainda mais abismal: o produto subiu 97% em um intervalo de 12 meses. Tipo de feijão preferido por mais de 80% da população nacional, o mulatinho é produzido, principalmente, no Paraná, em Minas Gerais e na Bahia. Segundo Odálio Girão, o motivo para a elevação acentuada foi a irregularidade de chuvas nessas regiões. De acordo com ele, o produto ainda deverá demorar para ter seus valores amortecidos. "No Sul e no Sudeste, se houver uma boa contribuição do clima, com chuvas regulares, é possível que, em três meses, os pequenos produtores consigam se recuperar. Mas, no Nordeste, não há expectativas de chuvas (a curto prazo), e a recuperação deve levar mais tempo", projeta. "A tendência (do preço do feijão) é se manter em alta", conclui.

Feijão-de-corda

Primo menos comum do carioquinha, o feijão de corda também experimenta alta no Ceará, ainda que em proporções menores. O item encareceu 42% de agosto para setembro, partindo de R$ 140,00 (saco de 60 kg) para R$ 200,00. No comparativo com setembro de 2009, no entanto, a subida foi a mesma demonstrada pelo tipo carioquinha: 97%. De acordo com Girão, o feijão-de-corda tem como principais produtores a Bahia, Pernambuco e o Ceará, estados que, conforme ele, também sofreram intempéries.

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