domingo, 21 de novembro de 2010

Aliados do Governo questionam blocão

A tentativa de o PMDB capitanear a formação de um bloco para tentar a Presidência da Câmara Federal, depois de ter pressionado Dilma Rousseff por conta da distribuição de cargos, tem recebido críticas de deputados estaduais do Ceará. Embora a criação de blocos partidários seja praxe nas Casas Legislativas, alguns deputados condenam a ação como está sendo conduzida em Brasília.
Apesar de ser o líder do bloco formado por PT-PMDB-PSB na Assembleia Legislativa desde 2007, o deputado Welington Landim (PSB) criticou, ontem, durante entrevista ao Diário do Nordeste, as negociações em torno da criação do grupo, pois segundo ele não há necessidade dessa articulação já que os dois maiores partidos da base são aliados, PT e PMDB.

Assim como seu colega, o deputado Heitor Férrer (PDT) condenou a formação de um bloco para disputa de cargos na Câmara Federal. Para o pedetista, que faz parte da base aliada de Dilma, essa atitude é "extremamente prejudicial à governança". Heitor diz ainda que isso reflete a busca desses parlamentares somente por "prestígio".

Acomodar

Em defesa de sua legenda, o deputado Carlomano Marques (PMDB) avisou que a formação de um bloco é "legítimo", mas que isso não quer dizer que o PMDB, líder da articulação, na Câmara dos Deputados, vá usar o grupo como "barganha ou moeda de troca", e declarou: "Eu não concordo que esse seja o bloco dos sujos".

O parlamentar chegou a citar o bloco formado na Assembleia Legislativa cearense pelos partidos PT-PMDB-PSB, liderado pelo deputado Welington Landim, e questionou o porquê de não poder haver uma negociação com o mesmo objetivo em uma das casas do Congresso nacional. "Por que pode na Assembleia do Ceará e não pode em Brasília? Acho uma coisa muito simples da política", ressaltou o peemedebista.

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